Embalagem delicada em tons suaves de rosa sobre o branco esconde o espírito verde, picante e chypre de Comme Une Evidence L'Eau de parfum e evidencia apenas a doçura do aroma das flores delicadas da árvore da seda e de rosas, mescladas e indistintas.
Entretanto o sopro inicial vem picante, verde e fresco na ardência de cítricos e na umidade etérea das violetas, mesclando acento aquático e apimentado que dissimula as flores rosadas e açucaradas.
Não tarda a manifestação de patchuli especiado, contundente e elegante repleto de personalidade e impacto.
Clássico, agradável, verde e resinoso este floral avança para a base carregando o bouquet suave e discreto.
Após 2 ou 3 horas o aroma fecha sobre a pele, e embora a fixação se prolongue a percepção diminui gradativamente se restringindo aos que estão próximos.
Acordes de base revelam odor clássico dos chypres amenizado pelo almíscar levemente abaunilhado.
COMME UNE EVIDENCE LE PARFUM Família Olfativa: Chypre, 2008 Gênero: Feminino Designer: Yves Rocher Pirâmide Olfativa:
Topo - Folhas de violeta, avelãs, árvore da seda.
Coração - Lírio selvagem ou lírio-do-valle, jasmim
Base - Patchuli, praline, musgo, almíscar
COMME UNE EVIDENCE L'EAU DE PARFUM Família Olfativa: Chypre Floral, 2008 Gênero: Feminino Designer: Yves Rocher Rastro: Intenso a Moderado Fixação: Boa Pirâmide Olfativa:
Topo - Bergamota, petit grain, folhas de violeta, árvore-da-seda
Requintes de porcelana delicada, rendas e bucólicos ventos campestres acompanham o rastro natural e nobre de Ormonde Woman eau de parfum
Desprovido de artificialidades, rico em nuances que são desvendadas lentamente, a cada novo contato ou experiência, esta fragrância parece uma sofisticada caixa de Pandora, encerrando segredos da natureza.
Na primeira borrifada surpreendeu com saída agreste, temperada, incisiva e herbal que rapidamente transmutou para incensos puros e raros, parecendo fluir direto de tendas orientais.
Durante algumas horas vivi sob o signo exótico das resinas enfumaçadas, lentamente abrindo epaço para o floral pontilhado por tênue mentolado desprendido de ervas finas.
Intrigada, tentando desvendar detalhes desta composição inesperada, aventurei nova porção sobre a pele, generosas gotas a escorrer em rastro perfumado.
Permaneceu o herbal, contudo novas camadas intensificaram perante meu olfato e percebi surpresa o leve e doce frutado acompanhando madeiras temperadas e frescas.
Originais e impressivas, as notas de topo constituem acorde especiado equilibrando com talento as várias folhas e sementes aromáticas, que instigam madeiras da base a emergir, num primeiro momento sobrepujando flores, para finalmente sucumbir à sua intensa doçura.
Tal efeito provavelmente se deve ao raro óleo essencial de black hemlock ou hemlock do Canadá, uma espécie de conífera do gênero Tsuga. Algumas espécies deste grupo de coníferas ou evergreen são tóxicas fornecendo o vêneno cicuta.
Ormonde Woman me parece a mistura de tintas cremosas numa paleta, mesclando tons quentes de páprica, com nuances claros de madeiras, e várias tonalidades de verdes... frescos, intensos e apimentados.
Violetas escuras caem em diminutos pontos sobre a luz sinuosa de cores que desaparecem e retornam, em acordes momentaneamente viçosos, ou claros veios de madeiras, cujo aroma é afiado e seco
A medida que recebem alvura do jasmim, estas cores esmaecem, diluem e surge um tom pastel, bege, impreciso, elegante e sedutor, que acompanha passeio matinal pelos jardins, o chá da tarde ou premiere de teatro.
Madeiras temperadas com cardamomo, coentro, folhas frescas, raízes e sementes constituem o âmago, o espírito deste eau de parfum, contudo flores e âmbar são decisivas para lapidar, unificar e equilibrar os acentos, de forma a ressaltar a elegância de cada nota.
Ao ressonar dos últimos suspiros percebemos a presença de vetiver paralelo as madeiras, principalmente cedro, resgatando a pungência que se delineia nos primeiros instantes.
Encantador e mutante, Ormonde Woman se amolda a quem usa, espelha o momento, o ambiente... e seduz.
Família Olfativa: Floral aromático amadeirado, 2002 Gênero: Feminino Perfumista: Linda Pilkington Rastro: Moderado Fixação: Muito Boa Pirâmide Olfativa:
Coração - Tsuga ou Hemlock canadense (conífera ), violeta, absoluto de jasmim
Base - Vetiver, cedro, âmbar, madeira de sãndalo.
Para comprar na boutique on line de Ormonde Jayne London Perfumery clique sobre o banner
Arte Irmã: Se fosse poesia seria...
SONETO
"Há festas no campo, ânsias que crescem
Sob a cortina verde da ramage,
Enquanto as samambaias estremecem
Aos beijos brandos da sublime aragem!
Uns retalhos de sol sobre a folhagem
Tremeluzindo, das alturas descem
E no fundo azulado da paisagem,
De várias coress um tapete tecem.
Há mensagens de olências nos canteiros!
Chovem pétalas brancas, perfumadas
Da fronde angelical dos jasmineiros ...
E, a manhã como uma águia de marfim,
Desce dos chapadões nas madrugadas
E abre as asas de luz no meu jardim!
De Miguel Jansen Filho - Paraíba 1925/1994
VÍDEO: The Look of Love - Diana krall
Imagens: Composições de Elisabeth C. com fragmentos de imagens - frasco de Ormonde Woman edp,Swiss castle, paleta -óleo sobre tela, paleta Van gogh, jasmin sambac, Discovery Set de Elisabeth C, background vintage.
Tempestades aguçam os sentidos, atemorizam e hipnotizam no torvelinho que prenuncia a força das águas, o frêmito da terra.
Redemoinhos de vento despem os cantos, revelam segredos e odores, maceram folhas e flores, expondo galhos, invadindo os sentidos na explosão de sombras coloridas e odores inesperados.
Doce e abafada calmaria antecede esta mudança caprichosa e temperamental do humor na mater natureza, se ares quentes e gelados se defrontam medindo forças ou rodopiam ao ribombar de trovões.
Belle d'Opium, uma tormenta que inicia aparentemente doce, nos enleios de baunilhas açucaradas se manifesta intempestivo no decorrer da evolução.
Suaves e indolentes notas de início transmutam em voláteis e temperamentais arranjos ao nascer do bouquet picante, ceroso e amendoado. Dinâmicas, se alternam ondulantes mostrando várias faces, como se vento intenso desnudasse camadas ao sabor da sorte, evidenciando próximas das flores exóticas, toque breve de civeta, exuberância apimentada de cravos, resinas brandas e leitosas.
Estamos no olho doce e florido da tempestade, onde tudo parece oscilar fora de prumo, flores se misturando de forma indistinta, recebendo ocasionalmente baforadas de tabaco, de frutas maduras e fermentadas, quase licorosas.
Intensidade através da qual transparece aveludado âmbar e doce incenso, que caracterizarão o drydown prolongado, amenizando a força dos ventos, lentamente, para enfim repousar em delicada calmaria, na brandura de madeira, almíscar e resinas levemente enfumaçadas, sendo ocasionalmente percebível brando amargor, provavelmente patchuli.
Creio que seja completamente inútil comparar esta fragrância com o oriental, exótico e exacerbado de Opium, lançado por Yves Saint Laurent em 1977.
Diferem da mesma forma que as forças da natureza conseguem se manifestar em variedade que nos impressiona,o mesmo cenário original e inigualável, mutante a cada dia.
Perde a oportunidade de ser cativado pelo aroma intenso e bonito de Belle d'Opium quem deseja uma reedição de Opium original.
Cada um é um, ambos portando singularidades e beleza.
Família Olfativa: Oriental floral 2010. Gênero: Feminino Perfumista: Honorine Blanc, Alberto Morillas - Firmenich Rastro: Intenso Fixação: Ótima Pirâmide Olfativa:
Imagens: Composições de Elisabeth C, com frasco de Belle D'Opiun de Yves Saint Laurent e Encanto Beach Storm de Mile Zenerold, Bank Street Beach Storm clouds, e stukinstystoms; imagens de narguilé de Wikipedia
Bruxuleante luz de vela lança sombras douradas sobre o ambiente rústico e acolhedor de risadas abafadas e murmurinho confortável, que bailam entre o tilintar da porcelana.
Algumas pessoas percebem o jovem casal que entra e circula displicente a procura de mesa mais reservada, no egoísmo característico dos apaixonados.
Sobressaem na penumbra, talvez pela beleza elegante, ou pelo rastro perfumado e cálido da linda garota. Délices, fruto romântico com tênue aroma de licor de cerejas, misturado ao bouquet de flores e favas de baunilha, polvilhado de âmbar.
Acessório mais que delicioso para uma noite encantadora!Belo adorno que inicia no frasco redondo trabalhado em gomos, alternando denso vermelho e transparência, provocativa no o efeito luminoso de gema preciosa; complementado pela tampa flor, estilizada, inspirada num broche da coleção Cartier. Eau de parfum diferencia na flor vermelho intenso da eau de cologne apresentada em vidro incolor.
Dèlices cujas notas cítricas de bergamota permanecem ocultas no princípio da volatilização sustentada pela suave cremosidade de picante amendoado, percebível em alguns licores de cereja.
Evolui caprichoso em busca das flores, doces fresias e delicadas flores de laranjeira que abafam jasmim, embebidas na doçura do próprio néctar e das favas abaunilhadas.
Violetas, não sinto explicitamente, contudo há um frescor oscilante, intercalado entre as notas doces, sugerindo breves lufadas de ar renovado.
Logo após a percepção do ramalhete emergem nuvens de âmbar, porções generosas que provocam efeito aveludado no aroma que prossegue como se envolvido por bruma densa, algodoada e morna.
Ao fundo, leves emanações de madeiras se perdem no acorde nebuloso e floral cuja intensidade e impacto diminuem vagarosamente.
Délices perdura intenso sobre a pele, embora reservado, como a troca de olhares apaixonados e alheios dos jovens casais.
Família Olfativa: Floral frutal, 2006 Gênero: Feminino Perfumista: Christine Nagel - Quest International Rastro: Intenso a moderado Fixação: Ótima Pirâmide Olfativa:
Topo - Cereja, aroeira ou pimenta rosa, bergamota.
Um passarinho canta perto da janela.
Talvez rivalizando o dueto de garota e computador ecoando na despreocupação pueril da juventude.
Luminosa cascata do entardecer banha o quarto em tons de primavera, rendilhando o contorno de móveis, ressaltando enfeites, bilhetinhos e lembretes do painel de recados, a contar histórias coloridas.
Da comoda, ao lado da coleção de papéis de carta, Lee Lee sorri, perfumada, quase uma poesia ...
"Her playful wink
and mischievous smile
the flirtatious side
of her innocent style
no thought or worry
of what's meant to be
first laughter, then love
"...along came Leelee"
" Sua piscadinha brincalhona
e o sorriso maroto
o lado paquera
do seu estilo inocente
sem pensar ou se preocupar
com o que está para vir
Primeiro a risada, então o amor
" Quero ficar com Leelee"
Laught With Me Lee Lee da coleção Crescent Row de Benefit vibra alegre nos primeiros acentos com a doçura de geleias de frutas azedinhas e convidativas.
Doces caseiros, daquelas receitas antigas, segredos guardados à sete chaves que nos fazem especular.
- Tem marmelo e groselha..
- Será? Senti um cheirinho de laranja...melão com certeza!
Evolui assim... um pouco de cremoso azedinho, notas fresca de melão e folhas de violetas, flores brancas aqui e acolá, diáfanas, suaves, esmaecidas como se embrulhadas em algodão doce.
Depois de vários minutos, quase uma volta no relógio, despe o jeans e a camiseta, se preparando para festa em vestidinho elegante, esvoaçante, dançante, de jasmins, lírios e patchuli.
Descansa dos rodopios sobre âmbar, sândalo e cedro... madeiras leves e almiscaradas.
Sem arroubos de ousadia ou originalidade Lee Lee serve ao seu propósito de fragrância versátil, que se adapta ao cotidiano dinâmico, transita entre aulas diurnas e badalações noturnas com a mesma elegância e beleza.
Família Olfativa: Floral amadeirado, 2009 Gênero: Feminino Rastro: Intenso Fixação: Muito Boa Pirâmide Olfativa:
O que faz o gosto de alguns à outros desgosta.
Que benção! Ou começaria a questionar meus conceitos ao ler sobre a sensualidade de notas indólicas , principalmente quando o texto se refere ao aroma floral de jasmins e lírios.
Tais acentos me transportam à desolação de pétalas murchas, espalhadas sobre trilhas, após limpeza descuidada do jardineiro, que ao arrancar ervas daninhas ceifa flores e folhas indiscriminadamente, ou aos bouquets murchos, cujas flores perderam a vitalidade, o aroma doce,delicado e atrativo, cedendo lugar para decadente sopro.
Talvez este seja o motivo pelo qual algumas composiçoes de jasmim ou lírios, excessivamente indólicas, não me cativam ou despertam maior atenção
Contudo, Night Scented Jasmine me seduziu do princípio ao fim, na singela e pura orquestração de flores recém colhidas, cujo perfume se desprende quando ainda repousam em nossos braços, banhadas de sol, aguardando o aconchego de um belo vaso.
Verde e cremoso nas pequenas flores brancas que se espalham sobre o profundo e vívido tom de folhas frescas, de talos recém partidos, de seiva ainda palpitante.
Eis a verdadeira sensualidade presenteada pelas flores, quando se consegue o espelho mais límpido do estado "in natura", vicejando em solo fértil e úmido, sob a tepidez solar e o orvalho das madrugadas.
Existe algo mais encantador num jardim do que o desprender da sua essência, ao entardecer, quando flores se despedem da festiva luz diurna?
Talvez o conjunto de cores e formas que embevecem a alma se equipare, entretanto uma linda flor desprovida de perfume me parece a mulher que desdenha sua bela natureza, rejeitando os cuidados que possam realçar sua feminilidade.
Jasmim e folhas de violetas provavelmente são responsáveis pela sensação de flores frescas recém colhidas que nos delicia desde os primeiros momentos de Night Scented Jasmine sobre a pele .
E, enquanto supera em atenção as outras flores deste ramalhete, o elegante jasmim recebe a doçura de ylang ylang e rosas atenuando o que poderia se tornar um excessivo acento verde, para o qual há contribuição.
As notas se equilibram no doce floral e na base delicada dos generosos almíscar e sândalo, provavelmente temperadas por toques de âmbar, baunilha, ervas aromáticas, a conservar esta sensação de proximidade com o frescor das plantas, que nos cercam no contato com seu habitat natural.
Assim me pareceu Night Scented Jasmine ... Simplicidade pura, requintada e luminosa do aroma de flores naturais, especialmente jasmim, sobre base delicada e envolvente de almíscar e sândalo.
A fragrância romântica foi criada em 2006 inspirada na sua precursora Jasmine, de 1806, idealizada por John Floris.
Família Olfativa: Floral, 2006 Gênero: feminino Rastro: Intenso a Moderado Fixação: Boa Pirâmide Olfativa:
Topo - Cítricos, notas verdes, tangerina, neroli ( flor de laranjeira), folhas de violeta.
Arts & Crafts na Inglaterra e Art Nouveau na França enraizaram o modernismo, o design gráfico, industrial e a arquitetura no final do século XIX.
Perídodo de mudanças sociais, entusiasmo pela arte e moda acolheu o reinado de Eduardo VII no reino Unido entre 1901 e 1910, constituindo a Edwardian Era, algumas vezes citado como Belle Epoque, movimento que durou dos anos 70 do século XIX até a segunda grande Guerra Mundial em 1912.
Borbulhavam novas idéias na Europa Continental.
Mulheres rejeitavam o espartilho e lutavam pelo sufrágio, industrialização e socialismo caminhavam a passos largos, crescia o interesse pelos esportes, pela ficção das novelas literárias, e pela nascente sétima arte.
Neste cenário de modificações a perfumaria inovava técnicas e aromas enquanto Floris Londoncriava Edwardian Bouquet eau de colônia, comemorando o início do século XX..
Historiadores descrevem o período eduardiano como parêntese romântico de tardes festivas e lânguidas em luxuriantes jardins, onde exuberante e domada Natureza proporcionava prazer e diversão.
Nestes elaborados recantos ingleses, Edwardian Bouquet encontrou a matéria prima inspiradora para se transformar em belo chypre floral reinterpretado como floral verde, em 1984.
Ardor cítrico, percebível nos primeiros momentos, traduz o burburinho olfativo provocado pela acidez das cascas, agitar de folhas e a presença aguda e limpa do gálbano.
Indolentes, flores flutuam para este cenário picante, imprimindo o frescor de jacintos, lírios e jasmim, revestidas de branda doçura, talvez de rosas e ylang lang.
Transparente e intenso o aroma penetra, envolve, assoma os sentidos, embora permaneça etéreo bailando livre como o perfume que paira no ar quando percorremos extensos e pródigos jardins.
Não nos impressiona apenas o cheiro de flores, mas folhas, terra, musgos e troncos, desvendados na evolução aromática,pois compondo o ramalhete está o verde das folhas de patchuli rescendendo odor terroso, amadeirado, ligeiramente cítrico e porções de musgo verde, escuro e denso.
Esta não é uma fragrância desmaiada, esmaecida na inflorescência doce, nas dobras de cambraias adornadas com laços e rendas.
Vibra de forma vigorosa e natural se encaminhando para o amadeirado acorde final, suavizada por âmbar e sândalo.
Edwardian Bouquet surpreende pelo vigor com que percorre o caminho da volatilização inicial aos acentos de base nas associações que denotam arte e requinte.
Certamente será apreciado pelos consumidores de clássicos como Rive Gauche, Vent Vert, talvez, Aromatics Elixir e Soir de Lune, fragrâncias que guardam algumas das características aqui percebidas apesar de cada uma apresentar evolução original e única.
Família Olfativa: Floral verde, 1984 (1901) Gênero: Feminino (compartilhável) Perfumista: Douglas Cope Rastro: Intenso Fixação: Muito Boa Pirâmide Olfativa:
Arte Irmã: Se estivesse num filme perfumaria... Vídeo: It is You ( I Haved Love) - Do filme inspirado na novela Pride ande Prejudice de Jane Austen (1813)
Imagens: The delineator - Early Autumn Growns- setember 1901; Edwardian Garden de The Enduring gardener; Composição de Elisabeth c - frasco de Edwardian Bouquet em background scrapbooksgraphics e ramalhete de lírios/jasmim; Imagem de Elisabeth C - sample de Edwardian Bouquet e vintage porcelana; Floris London Perfumery.
Esvoaçante organza em suave estampa floral ondula ao sabor do vento e do aroma de Bvlgari Pour Femmeedp de tal forma que mesclamos cor e perfume sem distinguir se ótica ou olfato produzem esta ilusão de bailado luminoso e musical.
Não importa o contexto, a beira d'água, entre frondosas árvores ou nos mais suntuosos recintos, a sensação de movimento permanece, provocando imagens de tecidos leves deslizando por fecundos e profusos jardins;
Graciosos rodopios de bailarinas que roçam flores libertando notas delicadas semelhantes as composições melodiosas e afinadas.
Violetas explodem no contato com a pele. Doces, desprovidas da transparência habitual, personalizadas pela adição de pimenta, cravo e possivelmente ínfimas pitadas de coentro, lindas e adaptáveis ao ambiente que as cerca. Se próximas ao mar encontram acompanhamento metálico e agudo nas pétalas folhas e raízes de íris, se inseridas na serra , entre montanhas revelam faceta apimentada e frutada evidenciando o azedinho do morango e a suavidade do pêssego.
Talvez sejam caprichosas e ostentem seu cortejo aleatoriamente.
Delicadas e presentes na maior parte do tempo imprimem o ritmo evolutivo, contudo não escondem rosas, angélicas e jasmim que contribuem com doçura e intensidade floral, insistindo em demarcar seu espaço entre pétalas violáceas e folhas verdes.
No âmago desta fragrância quebrando o acorde dulcíssimo se entremeiam ervas aromáticas, e resinoso benjoim, que rentes a pele formam a base na qual percebemos madeiras leves.
Nesta fase violetas perdem o ímpeto quase substituídas pelas notas verdes de rosa chá. Igualmente diminui o dulçor da angélica embora permaneça vívida a doçura de baunilha.
Notadamente floral e feminino Bvlgari Pour Femmeedp não amadurece como bouquet transparente e viçoso, mas se tempera nas resinas e madeiras adquirindo característica cremosa, cálida, e abafada.
Abraça com sillage intimista e densa no manto de aveludado âmbar caindo sobre a delicada organza, preservando da umidade e frescor noturnos. Drydown sutil, elegante e amadeirado permite sentir suspiros delicados de folhas secas, das chávenas de chá tomadas ao entardecer e assim permanece até desaparecer completamente quatro à cinco horas depois de aspergido sobre a pele. Bvlgari Pour Femme transmite a sensação do belo, representando a natureza feminina em sensualidade e requinte através das flores que se equilibram com habilidade entre intensidade doce e pungência resinosa.
Arte Irmã: Se dissesse poesia seria... AUSÊNCIA - Guimarães Rosa Na almofada branca, as sandálias sonham com a seda dos teus pés... Partiste... Mas a alegria ainda ficou no quarto talvez no ninho morno calcado por teu corpo no leito desfeito... Entardece... Esfuziante e verde, um beija-flor entrou pela janela (pensei que a tua boca ainda estivesses aqui)
Do frasco aberto, vestidas de vespas, voam violetas...
E na almofada de seda, beijo as sandálias brancas, vazias dos teus pés.
VÍDEO: Bvlgari Pour Femme com Kate Moss
Imagens: Irises Garden de Claude Monet; Composições de Elisabeth com frasco Bvlgari Pour Femme, imagem de inspiração Claude Monet, rosa chá, violeta, vestido de organza floral Cavalli ; Kate Moss para ad Bvlgari Pour Femme.
Suave é a sedução exercida pelas noivas que flutuam em véus etéreos, rendas, pérolas e bordados, envoltas na luminosidade de momento regido pelo romantismo e fantasia.
Princesas de breve reinado se despem do cotidiano na busca da perfeição e beleza.
Hipnotizadas por comoção poderosa, noivas de todas épocas portam esta aura mágica e envolvente, transparente nos gestos, vestimenta, enfeites e perfume, contagiando os que gravitam ao seu redor. Betrothal de Grossmith renasce no século XXI simbolizando a magia dos enlaces matrimoniais, abrindo leque fragrante em doçura sensual de nuances cremosas e complexas, através das quais conquista os sentidos, alternando malícia e inocência.
Delicioso mel emana adornado por especiarias comedidas que atenuam o breve arfar de frutas cítricas, maduras e ensolaradas. Noz moscada e canela sublimam laranjas em conjunto prontamente abafado sob pétalas de farto bouquet.
Flores brancas se fundem na homogênea cremosidade de neroli e ylang ylang, revelando tênues toques de rosa e jasmim, abrindo caminho para odor intenso e peculiar de ládano.
Este se insinuando entre gotas de benjoim, civeta e baunilha, pinta na tela aromática um retrato de mulher cativante iniciada nos rituais de sedução.
Marcante, porém desprovido de explícita exuberância, Betrothal convida ao aconchego que promete revelação e intimidade, evoluindo sofisticado e cálido no acento herbal fugaz e picante, que recorda a agudeza do anis e a têmpera medicinal da cânfora.
Tais aromas quebram a natureza doce e feminina das flores antes de submergirem na suavidade do almíscar, de madeiras incensadas, enquanto notas ambarinas se esforçam para atenuar o vivaz ládano, benjoim e ervas aromáticas.
Envolvente âmbar provoca, ao atingir o drydown, sedoso equilíbrio marcado pela gradual discrição de perfume que não desaparece, porém reduz o alcance da percepção, se acomodando em floral íntimo e próximo da pele.
Evolução rica, pontilhada de notas cativantes e refinadas, indica característica ímpar e construção primorosa, revestindo o clássicismo de Betrothal de qualidade contemporânea.
Versão renovada da fragrância oferecida em 1893, o novo Betrothal estará disponível para o público consumidor a partir de abril de 2011.
Família Olfativa: Oriental floral, 2011 (1893) Designer: Grossmith London Perfumery Gênero: Feminino Rastro: Intenso à moderado Fixação: Muito Boa Pirâmide Olfativa:
Topo - Cítricos
Coração - Flor de laranjeira, jasmim, ylang-ylang, rosa
Base - Madeiras, baunilha
Artes Irmãs: Se transitasse pela literatura perfumaria poesiaas ao som de...
Eu Quero É Teu Calor Animal - Mário Quintana
Mas onde já se ouviu falar num amor à distância,
Num teleamor?
Num amor de longe...
Eu sonho é um amor pertinho...
E depois
Esse calor humano é uma coisa que todos - até os executivos têm
É algo que acaba se perdendo no ar
No vento
No frio que agora faz...
Escuta!
O que eu quero
O que eu amo
O que eu desejo em ti
E teu calor animal...
VÍDEO: When You Say Nothing at all - Ronan Keating
Imagens: Bather by Elisabeth Louise Vigee Lebrun - modelo Julie; Frasco Betrothal em composição de Elisabeth C; Composição com noiva de Jenny Packham, frasco de Betrothal 2011, neroli e cistus; Sample de Betrothal 2011 - Grossmith London Perfumery.
Sob sol abrasador savanas ondulantes permitem que se ouça o bramido das feras, ecos de rugidos e sons incomuns aos ouvidos urbanos, antecedendo e anunciando a sinfonia noturna que substitui o costumeiro ruído urbano.
Sob o manto colorido do crepúsculo quente e vibrante diminui o burburinho na locação das filmagens permitindo que atores e operários se recolhamaos abrigos provisórios.
Súbito um aroma agreste, picante e floral se espalha pelo ar...Certamente uma diva que não abandona a majestade, mesmo nos locais inóspitos onde se desenrolam aventuras mirabolantes da sétima arte.
Insinua-se persistente o rastro intenso e agridoce, mesclando a suavidade das laranjas maduras com o agrume do gálbano, o frescor de alecrim e doçura floral.
Exotismo tropical se reflete no bouquet que entremeia picantes narcisos, instigantes calêndulas e delicadas rosas.
Frutas imprecisas formam base doce e suculenta para as flores displicentes, misturadas aos ramos de patchuli e feixes de vetiver, provocando o aroma especiado, terroso e metálico que acompanha a evolução do perfume.
Marcante, revela personalidade agreste, em tons florais verdes embora suas características se encaixem perfeitamente na linha olfativa dos chypres, representados com maestria em Jolie Madame ou Balmain de Balmain.
Ardor quase masculino acompanha a trajetória, atenuado pela delicadeza das notas ambarinas, doçura floral e toques de almíscar permitindo entrever leve odor de cedros, de madeiras ora incensadas, ora resinosas em látex recentemente exposto.
Diferentes madeiras equilibradas no odor fechado do musgo. Safari de Ralph Lauren alterna em característica agridoce, o calor seco dos solos semi desérticos se opondo à umidade fria e noturna das madeiras cobertas de liquens, se expressando em cada pele de forma multifacetada, evidenciando com mais ênfase uma ou outra nota.
Versátil, se adequa a cenários rústicos com a mesma elegância que desfila nos salões citadinos.
Família Olfativa: Floral verde,1990 Gênero: Feminino Perfumista: Dominique Ropion Rastro: Intenso Fixação: Muito Boa Pirâmide Olfativa: