Ele retoma conceitos dos anos 70 como tantas vezes se faz em moda.
Abre com lavanda/anis como Azzaro, entra depois num herbal (que não é o de folha esmagada) medicinal/licoroso, que lembra o de Paco Rabanne.
Neste momento, enquanto Azarro ganha força e Paco aspereza, Rive Gauche desabotoa o colarinho e assume uma posição mais confortável e de grande densidade.
O cravo-da-índia cria junto com as flores, e mais adiante madeira, um acorde sofisticado e sensual. Não há espaço, aqui, para a rusticidade, pureza, frescor. Para mim é neste momento que Rive Gauche cheirará a coisas, pessoas e móveis antigos, sofisticados, cerebrai.
Parecia-me que ele atuava mais suavemente (conforme as boas maneiras dos perfumes de hoje) que seus inspiradores dos anos 70, mas começo a achar que talvez ele seja daquele tipo de cheiro que os outros sentem muito mais que aqueles que usam.
Estou satisfeito com essa amostra "museológica", mesmo porque Azzaro Pour Homme é para mim como feijoada para quem tem azia, e assim tenho uma opção para usar aqueles interessantes acordes.
Bonum Diffusivem sui
Contribuição de Aretê
Família Olfativa:Aromático
Gênero: Masculino
Perfumista: Jacques Cavallier
Rastro: Intenso
Fixação: Muito Boa
Pirâmide Olfativa:
- Topo - Bergamota, alecrim, anis- estrela
- Coração - Lavanda, cravo, gerânio
- Base - Patchuli, vetiver, madeira de guaiaco
" Tudo morre, exceto o espírito do homem, e o espírito daquilo que o homem faz".
Thomas Carlyle
Vídeo: Elton John - Sorry Seems To Be The Hardest Word - 1976
Imagens: composição com publicidade Rive Gauche Pour Homme - YSL e vintage furniture de cottage.com
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