
Algumas pessoas parecem não apresentar sensibilidade acentuada para esta faceta do jasmim, porém minha pele denuncia agudamente o travo, o odor afiado de processo que inicia decomposição.
Pungente agridoce no limiar de amargo fel.

Sinto desta forma em Pure Poison, Ralph Lauren Blue, Lauren e ligeiramente em Jasmin L'Occitane, sò para citar alguns, cujo drydown atravessa as fronteiras de luxuosa e sedutora elegância.
Na minha terra este odor pode ser percebido em agressiva concentração, quando no dia de todos os santos proliferam floristas, e visitas nos cemitérios.
O ar denuncia presença de flores que começam a murchar quando aspiramos o característico aroma de "flor de cemitério".
Também ocorre em Sarrasins.

Nas primeira horas de evoluçaõ Sarrasins está impregnado deste beijo mortal diluido no acento floral e sofisticado de jasmim, embora viço natural e vívido tenha se perdido definitivamente.
Adoça, suaviza e se perde nas flutuantes variações do melífero animalic de cistus e benjoim, na cremosidade da baunilha.
Entretanto o caráter acre indiscutível do início não o abandona totalmente, mesmo camuflado, comprovando que uma vez ceifadas, as flores tem inevitável destino.
Muitas horas após Sarrasins adormece em delicado e cálido almíscar, embalado pela baunilha, esmaecendo a tênue lembrança do dramático início.

Gênero: Feminino (compartilhável)
Perfumista: Christopher Sheldrake
Rastro: Intenso
Fixação: Muito Boa
Pirâmide Olfativa:
- Topo - Notas florais
- Coração - Cravo, jasmim
- Base - almíscar
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Imagens: Waiting for Spring Deviantart; La Morte de La Regina e frasco de Sarrasins -Deviantart; Sarraceno de deviantart, Frasco de Serge Lutens
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