
Assim como heróis históricos ou mitológicos, motivados pelo patriotismo, amor ou ódio superavam suas fraquezas para ultrapassar obstáculos, este perfume atravessa o tempo, desde o princípio dos anos 80, mantendo o mesmo fascínio sobre homens e mulheres.
Arrebatador a partir do início agreste que indica poutpourri de ervas aromáticas e frescas, incluindo a presença das madeiras e resinas, sua sillage poderosa máscula e sensual denuncia o espírito forte e dominante, representando uma era de aromas que aliam masculina impetuosidade com a refrescância da Natureza de florestas insondáveis, caminhos não percorridos...

Cedro e musgo da base garantem as características clássicas de fougere aromático.
Banalizado pelas fórmulas repetitivas a assolar o mercado, caiu em declínio de preferência, atingindo um quase anonimato entre usuários mais jovens. Entretanto, não se pode negar a atração sofisticada e urbana dos seus acentos intensos, aldeídicos que ressaltam as folhas resinas e madeiras.
Todo este ardor clássico é balanceado pela aura crescente de almíscar e sândalo, pela cremosidade das notas de couro, que garantem acetinada suavidade no drydown prolongado.
Fragrância de composição densa, que impressiona os sentidos, fascina e transmite uma pungência masculina poucas vezes encontrada nas criações subsequentes, aeradas ou melíferas.

Na minha percepção, mesmo imitado em verso e prosa, ainda é atraente, masculino, sensual e poderoso.
Intenso, controvertido nas preferências, é o típico aroma "ame ou odeie", não permitindo posturas indiferentes.

Família Olfativa: Fougere Aromático,1982
Perfumista:Pierre Warqnye
Gênero: Masculino
Rastro: Intenso
Fixação: Ótima
Pirâmide Olfativa:
- Topo - Artemísia, lavanda, alfavaca, verbena, tangerina, limão
- Coração - Coentro, cravo, canela, zimbro, jasmim, angélica ou jacinto-da-índia
- Base - Couro, madeira de sândalo, abeto balsâmico, âmbar, patchuli, musgo de carvalho, vetiver, cedro.

Arte Irmã
Perfumaria um personagem ...
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Hoje, nas dicas de um perfume que pedi no Facebook, você fez a associação do Ted Lapidus e o Drakkar Noir... Acho que o Lapidus ganhou um abacaxi mais suculento, que tira um pouco do ardido fougere, resultado de alguma reformulação recente. No Drakkar sinto muito pinho, mais "aberto" e ardido. Uma coisa comum a ambos: são poderosos e marcantes! Adorei a resenha e a escolha do personagem! Beijos!
ResponderExcluirOi Priscila. Talvez tenha ocorrido uma reformulação, pois a lembrança que tenho de Lapidus é de anos passados. O próprio Drakkar Noir quando fez sucesso nos anos oitenta era um fougere aromático carregado no aroma terroso e verde. Não lembro desta doçura frutada de Lapidus, mas a memória prega peças...heheheh. Beijocas de Elisabeth
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